Como Profeta e Vidente da Igreja, Joseph Smith teve permissão de examinar os rolos de papiro na exibição e, para o choque de todos, revelou que "um dos rolos continha os escritos de Abraão, outro os escritos de José do Egito " (História da Igreja, Vol. 2: 236. julho de 1835). A Igreja comprou a exibição por $2400. Joseph terminou sua tradução do Livro de Abraão depois de algum tempo, mas o livro de José nunca foi traduzido. O papiro logo depois foi perdido e pensou-se que foi destruído em um incêndio em Chicago em 1871. Então, não havia nenhum modo para validar a tradução de Joseph. Se o papiro fosse redescoberto e ou fosse traduzido, isto provaria ou contestaria as habilidades de Joseph como um profeta de Deus. Afinal de contas, supunha-se que ele era um profeta e supostamente tinha as habilidades de um Vidente como o Livro de Mórmon e o Livro de Abraão provaram.
Em outubro de 1880, A Pérola de Grande Valor, uma coleção de escritos que continha o livro de Abraão, foi reconhecida como escritura pela Igreja mórmon.
Em 1966, para o espanto de todos, os papiros foram redescobertos em uma das salas do Museu de Arte Metropolitana de Nova Iorque. O Deseret News de Salt Lake City de 27 de novembro de 1967 reconheceu o redescobrimento do papiro. Na parte de trás do papiro estavam "desenhos de um templo e mapas do Kirtland, área de Ohio" (1). Não poderia haver nenhuma dúvida de que este era o documento original do qual Joseph Smith traduziu o livro de Abraão.
Com o papiro redescoberto e os hieroglíficos egípcios serem decifráveis nos anos 1800, seria então uma tarefa fácil de traduzir o papiro e provar que Joseph Smith de uma vez por todas era uma profeta com o dom de "Vidente" como ele e a igreja mórmon afirmavam. Isto provaria a verdade do Livro de Mórmon e do Livro de Abraão e demonstraria que Joseph Smith era um verdadeiro profeta de Deus.
A figura A é uma reconstrução profissional do original (figura B). Note os hieroglíficos do lado direito dos quais Joseph Smith começou sua tradução Livro de Abraão.
Na realidade, "descreve o embalsamento mítico e a ressurreição de Osiris, deus egípcio do mundo inferior. Osíris foi morto por seu invejoso irmão Set, que cortou seu corpo em 16 pedaços e os espalhou... O deus com cabeça de chacal, Anúbis, é visto aqui embalsamando o corpo de Osíris na tradicional cama em forma de leão deitado, de forma que ele pudesse voltar a vida..." (5)
Figura B
A figura B (à direita) mostra uma reimpressão do verdadeiro papiro usado por Joseph Smith.
Note as áreas onde o papiro foi perdido. É neste que Joseph Smith "terminou" o desenho que resultou no Fac-símile nº 1. Sua restauração, de segundo os egiptologistas, revela uma completa falta de compreensão da prática e teologia egípcia.
Como é explicado por Joseph Smith e é incluído na Pérola de Grande Valor, o segundo desenho contém cenas diferentes que Joseph Smith interpretou. Eles variam: "Colobe, que significa a primeira criação, a mais próxima do celeste, ou seja, da morada de Deus. A primeira em governo, a última pertencente ao cálculo de tempo". "Fica perto de Colobe, chamada pelos egípcios Oliblis, que é a seguinte grande criação governante próxima do celeste, que é o lugar onde Deus reside". "Feita para representar Deus sentado em seu trono, revestido de poder e autoridade". "Chamada, em egípcio, Enis-go-on-dos; este também é um dos planetas governantes e os egípcios dizem ser o Sol e tomar emprestada a luz de Colobe, por meio de Cae-e-vanrás, que é a Chave suprema..."
Mas novamente a erudição discorda com a tradução de Joseph. "Na verdade isto é amuleto funerário bastante comum chamado de hipocéfalo, porque era colocado abaixo (hipo) da cabeça de uma múmia (céfalo). Seu propósito era manter magicamente o defunto aquecido e proteger seu corpo da profanação por ladrões de túmulos". (6)
Fac-símile nº 3
Segundo Smith, este desenho mostra "Abraão sentado no trono do Faraó, por cortesia do rei, com uma coroa na cabeça representando o Sacerdócio como emblema da grande Presidência no Céu... O rei Faraó, cujo nome é dado nos caracteres acima de sua cabeça ...significa Abraão no Egito...Olinla, escravo pertencente ao príncipe".
Mas isto não é o que os egiptologistas dizem ser o significado do fac-símile nº 3. Pelo contrário, mostra "o morto sendo conduzido diante de Osíris, deus dos mortos, e atrás do entronado Osíris está sua esposa Ísis." (7)
Conclusão
Deveria ser bastante óbvio que a erudição revelou que Joseph Smith não traduziu o Livro de Abraão pelo poder de Deus como ele tinha reivindicado. Segue-se que se ele não traduziu o Livro de Abraão pelo poder de Deus, então seria muito fácil concluir que ele também não traduziu o Livro de Mórmon pelo poder de Deus.
Quando Joseph fez sua tradução, os hieróglifos eram indecifráveis. Hoje eles são. Ele estava seguro em dizer qualquer coisa que quis e não havia nenhum modo de provar que ele estava errado. Mas com a descoberta do mesmo papiro do qual ele fazia sua tradução do Livro de Abraão, e o fato de que ele não a fez de forma correta, deveria ser prova suficiente de que Joseph Smith mentiu sobre suas habilidades de Deus.
Muito bom este blog irmão. Agradeço pelos esclarecimentos que pude aqui receber.
ResponderExcluirIrmão se você puder me esclarecer a sua conclusão. Você está concluindo pelo seu entendimento que o Livro de Mórmon não foi traduzido e que Joseph não foi um profeta de Deus?
ResponderExcluirse Joseph não traduziu o livro de mórmon e ele não é um profeta de DEUS, então, quem traduziu o livro de mórmon? Quem teria capacidade de inventar tamanha história em tão pouco tempo? Ou seja em um mês, sendo perseguido e vendo as pessoas que mais ama sendo perseguida por acreditar que vc é um profeta? Joseph verdadeiramente foi um profeta de DEUS, o caso de tanta perseguição até hoje é porque ele declarou para o mundo todo que a igreja de Jesus Cristo Dos santos dos Últimos Dias é a única igreja verdadeira em toda face da terra.
ExcluirEu sinto pena deste teu entendimento porque seu entendimento é tão pequeno como uma partícula a de átomo
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