O CASO MARY ELIZABETH ROLLINS LIGHTNER
Mary Elizabeth Rollins Lightner, esposa de Adam Lightner e conselheira da presidente da Sociedade de Socorro (Emma Smith, esposa de Joseph), testemunhou:
"Joseph disse que eu era dele antes de eu vir aqui e ele disse que todos os demônios do inferno nunca iriam tirar-me dele, eu fui selada a ele no Hall Masonic ... por Brigham Young, em fevereiro de 1842 e depois novamente noTemplo de Nauvoo, por Heber C. Kimball ... "(Depoimento de Mary Elizabeth Rollins Lightner, como citado em No Man Knows My History, p. 444)
Em um discurso proferido na Universidade Brigham Young (Mormonism - Shadow or Reality? Pp. 215-216), a sra. Lightner disse que Joseph alegou que um "anjo" veio com uma "espada desembainhada" e disse-lhe que se ele não entrasse na poligamia" ele iria matá-lo."
Abertamente ela admitiu que ela "tinha sonhado por vários anos que eu era a sua [esposa de Joseph]." Uma vez que tanto Joseph e ela já estavam casados, ela "sentia que era um pecado." Joseph, porém, convenceu-a de que o "Todo Poderoso" revelou o Princípio e enquanto o marido "estava longe", ela foi selada a ele.
No mesmo discurso, Mary Elizabeth afirmou:
"Ele [Joseph] pregou a poligamia .... Foi dada a ele antes que ele a desse à Igreja. Um anjo veio até ele e, a última vez ele chegou com uma espada desembainhada em sua mão, e disse a Joseph que se ele não entrasse nesse princípio, ele iria matá-lo ....
"Perguntei-lhe se Emma sabia sobre mim e ele disse: ‘Emma adora você." Eu não fui selada à ele até que eu tivesse uma testemunha. Eu tinha sonhado, durante vários anos, que eu era sua esposa. Pensei que eu fosse uma grande pecadora. Eu rezei a Deus para tirar isso de mim porque eu sentia que era um pecado, mas quando Joseph veio a mim, ele me disse todas essas coisas ....
"Joseph veio no próximo Sabbath ..... Meu marido estava longe na ocasião, ... Eu fui em frente e fui selada à ele. Brigham Young realizou o selamento e Heber C. Kimball, a bênção.
"Eu sabia que ele tinha seis esposas e eu conhecia algumas delas desde a infância. Eu sei que ele teve três filhos. Disseram-me. Acho que dois deles estão vivos hoje, mas eles não são conhecidos como seus filhos como eles tem outros nomes (Discurso de Mary E. Lightner, Universidade Brigham Young, 14 de abril de 1905, cópia digitada).
Andrew Jenson admite que Mary Elizabeth Rollins foi selada a Joseph Smith (ver Historical Record, vol. 6, p.234).
Stanley S. Ivins fez uma lista de 84 mulheres que podem ter sido casadas com Joseph Smith. Nesta lista vemos:
"22. MARY ELIZABETH ROLLINS LIGHTNER .... esposa de Adam Lightner .... Casada com Lightner em 11 Agosto 1835 ... Em 17 janeiro, 1846, ela foi selada a Joseph Smith para a eternidade e com Brigham Young para o tempo. Entanto, ela permaneceu com o seu marido legal e veio para Utah com ele em 1863. Sua morte foi em 17 de dezembro de 1913. "
Parece então, que Mary E. Lightner teve dois maridos diferentes para o "tempo" e um terceiro para a "eternidade". O escritor mórmon John J. Stewart confirma isso em seu livro Brigham Young and His Wives:
"17. Mary Elizabeth Rollins .... A esposa de um não-mórmon, Adam Lightner. Selada ao Profeta Joseph, em fevereiro de 1842, aos 23 anos de idade, e de novo em 17 de janeiro de 1846, momento em que ela foi selada a Brigham
pelo tempo" (p.89).
O CASO AUGUSTA ADAMS
Stanley P. Hirshon fala de outra mulher casada entrando na poligamia:
“... Augusta Adams Cobb, ... casou-se com Henry Cobb, um próspero comerciante de Boston, por volta de 1822 e deu à luz sete filhos.
“Augusta vivia tranquilamente até que Young veio para pregar no leste, no verão de 1843. Ela ouviu, converteu-se ao mormonismo, e com seus dois filhos menores dirigiu-se a Nauvoo .... Augusta continuou em Nauvoo e em 2 de novembro de 1843, sem se divorciar de seu primeiro marido, casou-se com Young. Poucos meses depois, ela retornou brevemente para Boston, onde ela viu as outras crianças e Henry, e disse que o estava deixando para sempre ....
“Augusta retornou a Nauvoo, e em 2 de fevereiro de 1846, foi selada a Young para a eternidade. No ano seguinte, Henry Cobb, ainda em Massachusetts, divorciou-se dela.” (The Lion of the Lord, pp.192-94).
O escritor mórmon John J. Stewart confirma o fato de Augusta ter casado com Brigham Young em 1843:
"5. AUGUSTA ADAMS .... Casada com Brigham em 2 de novembro de 1843, na idade de 40, e selou-se em 2 fevereiro 1846. Ela tinha vários filhos de um casamento anterior"(Brigham Young and His Wives, p.86).
A partir desses fatos, é difícil escapar à conclusão de que Joseph Smith e Brigham Young estavam vivendo em adultério. John D. Lee afirmou:
“Alguns têm um comum acordo de trocar de esposas e serem selados como marido e mulher, pela virtude e autoridade do santo sacerdócio. Um dos irmãos de Brigham, Lorenzo Young, agora bispo, fez uma troca de esposas com o Sr. Decker..."(Confessions of John D. Lee, p.165).
O CASO DE ZINA DIANTHA HUNTINGTON
Zina era casada com Henry Jacobs, um mórmon que foi membro ativo na igreja e na sociedade de Nauvoo. Ele seguiu o profeta e foi para a Inglaterra como missionário, deixando sua esposa e o filho recém-nascido para trás.
Veja as consequências:
"... na sua ausência [do marido], ela foi selada ao Profeta Joseph e foi sua mulher" (Confessions of John D. Lee, p.132).
Juanita Brooks declara que:
"Zina Diantha Huntington era a mulher que foi casada com Henry B. Jacobs e posteriormente selada a Joseph Smith".
Ela afirma que depois que Zina foi selada a Joseph, continuou a viver com Jacobs, e que posteriormente ela "renunciou a Jacobs e se juntou à família de Brigham Young" (On The Mormon Frontier, The Diary of Hosea Stout, vol. 1, p. 141, nota de rodapé 18).
No Historical Record (vol. 6, p.233), o assistente da igreja Andrew Jensen confirmou o fato de Zina D. Huntington casar-se com Joseph Smith e, mais tarde se tornar esposa de Brigham Young:
"Zina D. Huntington, depois a esposa do Pres. Brigham Young, selada ao Profeta em 27 outubro, 1841, Dimick B. Huntington, oficiante."
Zina Huntington Diantha Jacobs é listada como esposa número cinco na lista Stanley Ivin:
"5. ZINA DIANTHA HUNTINGTON JACOBS .... esposa de Henry B. Jacobs .... Casada com Jacobs em 7 de março de 1841. Casada com Joseph Smith em 27 de outubro 1841. Em 2 de fevereiro de 1846, ela foi selada a Smith para a eternidade e a Brigham Young para o tempo. Viveu com Young como sua esposa, e morreu em 29 de agosto de 1901." (Joseph Smith and Polygamy, p.42).
Fawn M. Brodie relata:
“Zina deixou Jacobs em 1846 para se casar com Brigham Young. William Hall afirmava que ele tinha ouvido Young dizer publicamente a Jacobs:
“ ‘A mulher que você afirma ser sua esposa não pertence a você. Ela é a esposa espiritual do irmão Joseph, selada a ele. Eu sou o seu procurador, e ela, no presente momento, com seus filhos, são minha propriedade. Você pode ir para onde quiser, e começar outro casamento, mas tenha certeza de obter uma de suas próprias almas gêmeas’.
“Jacobs aparentemente aceitou a decisão de Young como a palavra do Senhor, pois ele foi testemunha no templo de Nauvoo em janeiro de 1846, quando Zina foi selada a Brigham Young "para o tempo" e a Joseph Smith "para a eternidade" (No Man Knows My History, p.443).
Juanita Brooks explica ainda:
“... Zina havia mudado para Winter Quarters. Ela agora renunciou a Jacobs e se juntou à família de Brigham Young, viajando para o oeste em 1848, em um vagão fornecido por ele e dirigido por seu irmão Oliver."(On The Mórmon Frontier..., vol. 1, p.141, nota de rodapé 18).
Zina Poderia ter Sido Selada à Henry, pois ele certamente foi digno o suficiente para servir uma missão na época. Por que isso não aconteceu?
O CASO SARAH ANN WHITNEY
Um estudo recente realizado por Michael Marquardt trouxe à luz o total desrespeito que Joseph Smith tinha aos votos do matrimônio.
Como já anteriormente descoberto em 27 de julho de 1842, Joseph Smith deu uma revelação especial a Sarah Ann Whitney e ela se tornaria sua esposa plural. Segundo o historiador assistente da igreja, Andrew Jenson, Sarah Ann Whitney foi casada com Joseph Smith por seu pai, Newel K. Whitney:
"Sarah Ann Whitney, depois esposa do Pres. Heber C. Kimball, casou-se com Joseph em 27 de julho de 1842, seu pai Newel K. Whitney foi o oficiante."(Historical Record, vol. 6, pp.233-34).
No livro In Mormonism—Shadow or Reality, página 581, os Tanners ressaltam que Michael Marquardt descobriu fotografias de uma carta escrita pelo próprio Joseph Smith e dirigida ao Bispo Newel K. Whitney e sua esposa.
A carta é muito interessante porque Smith pede que os três, provavelmente o Sr. e Sra. Whitney e sua jovem filha, Sarah Ann, a quem Joseph Smith casou-se secretamente, que viessem vê-lo durante a noite. Na carta, Joseph Smith deixa muito claro que ele não queria que eles viessem quando Emma, sua primeira esposa, estivesse presente:
"... todos vocês três podem vir e ver-me no início da noite ... a única coisa que devem ser cuidadosos é descobrirem quando Emma vem, então vocês não estarão seguros, mas quando ela não estiver aqui, estarão perfeitamente seguros: ... acho que Emma não estará hoje à noite, se ela não falhar em vir hoje à noite, subscrevo-me o seu obediente e carinhoso companheiro e amigo. Joseph Smith "
Frente da carta de Joseph Smith
Desde a descoberta da fotografia desta carta importante no Albert George Smith Collection, na Biblioteca da Universidade de Utah, Michael Marquardt concluiu uma pesquisa muito importante sobre este assunto.
Ele publicou seus resultados com o título “The Strange Marriages of Sarah Ann Whitney to Joseph Smith the Mormon Prophet, Joseph C. Kingsbury and Heber C. Kimball” [os estranhos casamentos de Sarah Ann Whitney com Joseph Smith, o profeta mórmon, com Joseph C. Kingsbury e com Heber C. Kimball].
O FALSO CASAMENTO DE SARAH ANN
Entre outras coisas que o Sr. Marquardt descobriu é o fato de que Joseph Smith realmente realizou uma cerimônia "falsa" de casamento entre Sarah Ann Whitney e Joseph C. Kingsbury, para que sua própria relação com ela não fosse notada. O Sr. Marquardt cita o seguinte em " The History of Joseph C. Kingsbury" um documento que agora está na seção Western American na Biblioteca da Universidade de Utah:
“... em 29 de abril de 1843 eu, de acordo com o conselho do Presidente Joseph Smith e outros, concordei em apoiar Sarah Ann Whitny [sic], como seu suposto marido e ter um falso casamento com a finalidade de trazer os propósitos de Deus nestes últimos dias, como dito pela boca dos profetas Isiah [sic] Jeremias e Ezequiel e também Joseph Smith. E Sarah Ann deverá receber grande glória, honra e vida eterna e Eu também deverei receber uma grande glória, honra e vida eterna, pois meu coração está repleto de desejo em ter minha companheira Caroline na Primeira Ressurreição, para chamar por ela e ninguém ter o poder de tirá-la de mim, e nós dois seremos coroados e entronizados juntos no Reino Celestial de Deus .... “
Sr. Marquardt também descobriu que Joseph Smith assinou um documento no qual afirmou:
“Eu aqui certifico que, neste dia 29 de abril de 1843, uni em casamento Joseph C. Kingsbury e Sarah Ann Whitney, na Cidade de Nauvoo, Illinois."
Registro do casamento assinado por Joseph Smith
Que um homem que professa ser um profeta de Deus realize um "pretenso" casamento para encobrir sua própria iniquidade é quase inacreditável.
Em seu panfleto, o Sr. Marquardt continua a mostrar que após a morte de Joseph Smith, Sarah Ann Whitney continuou a viver com Joseph C. Kingsbury neste "falso" casamento- ele refere- se a ela como "minha suposta esposa Sarah".
Enquanto vivia com Kingsbury, ela ficou grávida de uma criança do Apóstolo Heber C. Kimball. Sete meses depois (12 de janeiro de 1846), ela foi casada com Kimball para o tempo e selada a Joseph Smith para a eternidade no Templo de Nauvoo, mas ela continuou a viver com Kingsbury até depois do nascimento do filho dela com Young!
Todos esses fatos estão bem documentados nos trabalhos de Michael Marquardt.
OS CASAMENTOS POLIÂNDRICOS NÃO FORAM CONSUMADOS
John A. Widtsoe admitiu que Joseph Smith foi selado a mulheres casadas, mas ele alegou que elas não foram suas esposas até após a morte:
“Outro tipo de casamento celestial parece ter sido praticado nos primeiros dias do casamento plural. Não tem sido praticada desde Nauvoo, pois está sujeita à proibição da Igreja. Mulheres zelosas, casadas ou solteiras, amando a causa do evangelho restaurado, consideravam suas condições no futuro. Algumas delas pediram para serem seladas ao Profeta para a eternidade. Elas não eram suas esposas na terra, na mortalidade, mas apenas após a morte, na eternidade .... Tais casamentos levaram a mal-entendidos por aqueles que não eram da Igreja .... Portanto, qualquer cerimônia que unisse uma mulher casada, por exemplo, a Joseph Smith para a eternidade, parecia adúltera para essas pessoas. No entanto, em qualquer dia, em nossos dias, pode haver mulheres que prefiram passar a eternidade com um outro homem do que com seu marido terreno.
“Tais casos, se houveram, e eles devem ter sido poucos em número, deram aos inimigos da Igreja oportunidades para atiçarem as chamas do ódio contra os Santos dos Últimos Dias (Evidences and Reconciliations, 1960, p.343).
A afirmação de John A. Widtsoe de que Joseph Smith não consumou seu casamento com as mulheres casadas é certamente falsa. Patty Bartlett Sessions, a esposa de David Sessions, deixou muito claro em seu diário particular que ela foi casada com Joseph Smith, tanto “pelo tempo" quanto "pela eternidade":
" Eu fui selada a Joseph Smith por Willard Richards em 9 de março, 1842, na câmara de Newel K. Whitney, Nauvoo, para o tempo e toda a eternidade... Sylvia, minha filha estava presente quando fui selada a Joseph Smith." (Journal of Patty Sessions, como citado em Intimate Disciple, Portrait of Willard Richards, 1957, p.611).
As seguintes informações relativas a Patty Sessions são encontradas na lista de Stanley S. Ivins:
"34. PATTY BARTLETT SESSIONS. Mulher de David Sessions .... Casada com Sessions em 28 de junho de 1812. Casada com Joseph Smith em 9 de março de 1842. Sessions, seu marido, morreu por volta de 1850 .... Em 9 de julho de 1867, ela foi selada a Joseph Smith na Casa de Endowment... " (Joseph Smith and Polygamy, p.44).
Claramente, os casamentos “para o tempo” e o falso casamento de Sarah Ann refutam as ALEGAÇÕES de qualquer SUD de que não houve sexo nesses casamentos.
Outros afirmam que estes casamentos proporcionavam uma oportunidade de salvação para as mulheres que, de outra forma, não a teriam. Ora, se as mulheres já eram casadas com mórmons dignos, tal afirmação não faz o menor sentido! Muito menos a afirmação de “levantar uma posteridade” aos olhos de Deus.
POR QUE A POLIGAMIA FOI ACEITA PELOS SUDs?
Muitos perguntam-se como Joseph Smith pôde convencer seu povo que a poligamia era reta aos olhos de Deus. A resposta é que o povo Mórmon foi (e ainda é) ensinado a seguir os seus líderes em todas as coisas. Quando Smith anunciou que o casamento plural foi revelado por Deus, os mórmons foram obrigados a aceitá-lo.
Sabemos també que Joseph e seus seguidores usaram de coerção, ameaças, mentiras e até castração dos homens para convencer as mulheres a entrarem no casamento polígamo - veja mais em 1 e 2.
A doutrina mórmon sobre as mulheres provavelmente desempenhou um papel importante na sua preparação para celebrar o casamento plural. Os líderes mórmons ensinaram que uma mulher era inferior e que sua salvação dependia de um homem. Brigham Young disse certa vez:
"O homem é a cabeça e o Deus da mulher, portanto deixem-no agir como um Deus de princípios virtuosos ..." (Sermão de Brigham Young, como citado no Journal of John D. Lee, 1846-47 e 1859, editado por Charles Kelly 1938, p.81).
Na página 114 do mesmo diário, John D. Lee relatou:
“Acabei de receber uma carta de Nancy que afirma que ela não tinha se esquecido que, no momento de paixão, eu era o homem a quem ela olharia para a salvação espiritual ou temporal ... Eu li a carta ao Pres. B. Young. Seu conselho foi para lhe dizer que, uma vez que ela reivindicou a salvação pelas minhas mãos, que ela deve vir até mim e colocar-se sob a minha orientação, controle, proteção e respeito ao sacerdócio e à minha posição como um salvador, mas sem nenhum outro motivo.”
Kimball Young posteriormente documentou esta atitude:
“... Daisy Barclay, ela mesmo crescida em uma família plural, observa: ‘A poligamia é baseada na suposição de que o homem é superior a uma mulher ... ... a tradição mórmon ensina a mulher a honrar e obedecer seu marido e olhar para ele como o seu Senhor e Mestre’. Conforme a filha da segunda esposa de Isaac Lambert queixou-se: ‘Mãe, é esperado que você passe a vida cuidando de um homem, e ele é seu Deus’." (Isn't One Wife Enough? P.280).