Um dos meus Hinos favoritos é o de número 171, cujo nome é “A Verdade O Que É?”. Na letra de sua música lê-se o seguinte:

A verdade o que é? É o supremo dom que é dado ao mortal desejar, procurai no abismo na treva e na luz, nas montanhas e vales o seu claro som, e grandeza ireis contemplar!

A verdade o que é? É o começo e fim, para ela limites não há, pois que tudo se acabe, a terra e o céu, sempre resta a verdade que é luz para mim, dom supremo da vida será!”

Faço um convite a todos que desejarem ler e participar deste blog: busquemos a verdade, onde quer que ela estiver.

Críticas, comentários e sugestões serão muito bem-vindos, desde que haja o devido respeito. Estou disponível para esclarecer quaisquer dúvidas que meus posts e/ou minhas traduções possam vir a suscitar.

Para quem desejar debater, conversar e tirar dúvidas, este é o e-mail do blog: averdadesud@hotmail.com.


domingo, 31 de outubro de 2010

Joseph Smith - Mártir?

 
 
Um dos mitos do mormonismo é que Joseph Smith foi como "um cordeiro para o abatedouro" e, portanto, foi um mártir que morreu devido às suas crenças religiosas.
 
Façamos um breve estudo aqui, e posteriormente, os detalhes de sua prisão e assassinato serão discutidos.

No Webster on line, a definição de "mártir" é:

1: uma pessoa que sofre voluntariamente a morte como a pena de testemunhar e se recusar a renunciar a uma religião

2: a pessoa que sacrifica algo de grande valor e, especialmente, a própria vida por causa do princípio

3: VÍTIMA. Especialmente: um grande ou constante sofredor

Nenhuma dessas definições se aplicam ao caso de Joseph Smith. Ele não escolheu sofrer voluntariamente a morte por suas crenças religiosas, mas ele estava na prisão porque:

• Ele ordenou a destruição ilegal de uma imprensa e de todo local que havia publicado um jornal (Nauvoo Expositor) expondo os seus segredos: a prática ilegal da poligamia, e a sombra de um governo ilegal de Joseph que estava formando.

• Para evitar sua prisão sob a acusação de incitar tumulto por causa de sua ordem de destruição do Nauvoo Expositor, ele ilegalmente organizou uma milícia, a "Legião de Nauvoo", para evitar a entrada da justiça do Estado em Nauvoo para prendê-lo.
 
• Quando sua prisão parecia iminente, Smith fugiu do estado. Ele foi persuadido a retornar e enfrentar a justiça quando sua esposa e os amigos o chamaram de covarde por fugir.

• Enquanto na cadeia de Carthage, ele permitiu que duas armas de fogo lhe fossem entregues para sua proteção (foto ao lado). Mártires não revidam, mas escolhem a morrer por suas crenças.

• Enquanto na prisão, temendo que os vigilantes os matassem, Smith enviou uma ordem para Jonathan Dunham, o comandante da Legião de Nauvoo, que desafiasse a lei estadual, marchasse até Carthage, e os resgatassem. Dunham recusou-se a obedecer a ordem ilegal de Smith. Mártires não tentam escapar de seu destino, eles se resignam a morrer por suas crenças.

• Quando a multidão invadiu a cadeia de Carthage, Smith atirou em três homens, sendo que dois posteriormente morreram por causa das complicações do ferimento. Uma quarta bala só não foi disparada porque a arma de Smith falhou. Essa versão foi contada detalhadamente por John Taylor.

• Quando a multidão invadiu a cadeia, o último ato de Smith foi ir até a janela e tentar expressar sinal maçônico "de aflição", levantando os dois braços no ar e gritando: 

"Ó Senhor, meu Deus! Não há esperança para o filho da viúva?" 

 Essa chamada supostamente faz com que seus colegas maçons próximos venham em seu auxílio. Uma vez que Smith já havia enviado a ordem a Dunham para vir resgatá-los, e a maioria dos membros da Legião de Nauvoo eram membros da Loja Maçônica de Smith, ele esperava que algum deles ou outros maçons na multidão estivessem lá para resgatá-los. Mas não estavam. Smith foi morto antes mesmo que pudesse terminar de proferir a chamada de socorro.

Todas as ações de Smith, em seus últimos dias mostram que ele trabalhou desesperadamente para evitar o seu destino. Mártires não procuram evitar o seu destino, eles se resignaram a ele.  

E Smith não morreu por suas crenças religiosas ou princípios nobres: ele foi assassinado por uma multidão vigilante e indignada por causa de suas numerosas ofensa
s contra a lei e a sociedade (como  a poligamia, poliandria e destruição do Nauvoo Expositor). Portanto, Joseph Smith não foi um mártir.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Palavras Estranhas


Entre os anacronismos contidos no Livro de Mórmon, são notáveis os anacronismos em algumas palavras específicas.

Os profetas Nefitas usaram palavras que não eram conhecidas, e nem seriam inventadas até vários anos mais tarde. Algumas palavras são:

IGREJA

A palavra igreja jamais foi mencionado no Velho Testamento. Etimologicamente, “igreja” deriva do grego “ekklesia”, que se traduz como “um chamado para fora”. “Ekklesia” era o nome que se dava na Grécia antiga para um grupo de cidadãos que se reuniam para tratar dos assuntos do Estado: eles saíam do meio do povo para se reunir numa assembléia.

Por extensão, a palavra grega é usada no Novo Testamento para o que era chamada a “assembléia dos justos” ou “congregação”.
 

Jesus Ensina em uma Sinagoga
SINAGOGA

A palavra “sinagoga”, vem do grego “synagoge” que significava assembleia; colheita; preparativos de guerra; aproximação. 
 
As sinagogas surgiram após a destruição do Primeiro Templo, durante o cativeiro da Babilônia, aproximadamente no século 6 a.C.

Logo, seria no mínimo estranho Néfi conhecer uma palavra que designava certos locais que não existiam quando ele deixou Jerusalém.




GENTIO

A palavra gentio designa um não-israelita e deriva do termo Latim "gens" (significando "clã" ou um "grupo de famílias") e é muitas vezes usada no plural. Os tradutores cristãos da Bíblia usaram esta palavra para designar coletivamente os povos e nações distintos do povo Israelita.

A palavra gentio é um termo usado somente no Novo Testamento, e, já que Néfi viveu em Jerusalém antes do cativeiro babilônico, como ele poderia conhecer o significado desta palavra?


BATISMO

Essa palavra vem do Grego "baptiso". O seu sentido etimológico, no grego clássico, era "imergir". Ela foi usada somente no Novo Testamento.

Néfi e outros profetas não somente conhecinham egípcio e hebreu, como ainda grego?


BÍBLIA

A palavra também tem sua origem no Grego. Usada somente em 400 d. C.


JESUS CRISTO

Talvez Smith não soubesse, mas a palavra "Cristo" é um título, também derivado do Grego, e não parte do nome de Jesus como afirma o Livro de Mórmon.


Conclusão:

Como poderiam os profetas do Novo Mundo estarem familiarizados com estes termos? Faria sentido Deus revelar palavras em línguas estranhas a eles? Deus usou palavras em Grego no Velho Testamente para ensinar os israelitas?

Faria sentido os profetas do Livro de Mórmon usarem palavras que não seriam entendidas pelos seus descendentes? Uma das razões da existência das placas era que fossem entendidas e transmitidas de geração em geração.

Talvez houvesse uma espécie de treinamento linguístico para quem fosse escrever nas placas, pois quem exercesse essa função deveria conhecer egípcio, grego, e ainda não utilizar sua língua-mãe em suas profecias e relatos. 

Algumas palavras podem invalidar O Livro de Mórmon? Sim, podem. Já que o livro afirma ser autêntico, ele deveria ao menos não ser contraditório. 

Gosto do exemplo do Evangelho de Barnabé. Os estudiosos descobriram que ele se tratava de uma fraude ao achar nele a palavra "barril", que não poderia estar num documento que alegava ser da época de Cristo. Uma simples palavra posta no lugar errado invalidou todo um livro. O mesmo não poderia ser aplicado ao Livro de Mórmon?


(texto por DB)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Correndo Com As Placas?

 

Extraído do Blog Investigações sobre a Igreja SUD 

Texto traduzido e adaptado de MormonThink



O peso das placas de ouro

Críticos da igreja muitas vezes usam o peso das placas de ouro como prova de que a história do Livro de Mórmon não é verdadeira. Eles fazem cálculos complexos para mostrar como placas de ouro, com as dimensões descritas pelas testemunhas, devia pesar uns 120 quilos.

No Tanner's Bookstore, em Salt Lake City, foi construída uma réplica das placas de ouro utilizando placas de chumbo, que é mais leve do que o ouro. Eles desafiam os irmãos a levantarem e carregarem as placas ao redor da sala. 
 
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 As placas de chumbo na Livraria dos Tanners

Os críticos dizem que Joseph não poderia jamais ter carregado e trabalhado com esses pesadas placas de 120 quilos. Ainda, o ouro puro seria muito maleável para ser gravado permanente.

A pergunta que fica é: será que as placas eram feitas de ouro puro? 
 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGrIcO4R2kCszoTfI1xNROUjjcte4JZs6N-pD730IxT5VddIAxnlJHmkRGS8MCrV4slUTEb2NyUmlXcKNknVP_86y0mmfkm6WO2k5CpteydpgAPbnsgMnE5iVq_RLxyStEs0xiE19vjT3/s1600/three_witnesses_try_see_plates.jpg
As Testemunhas Tentam Ver as Placas
As testemunhas descreveram-na como tendo a "aparência de ouro”, porém, mais tarde, descobriu-se que elas NUNCA viram as placas de ouro, apenas as viram “com o espírito”.

O próprio livro de mórmon refere-se a escritos em placas de ouro:

Mosias 8:9:

E como testemunho de que as coisas que disseram são verdadeiras, trouxeram vinte e quatro placas cobertas de gravações; e elas são de ouro puro.”

 Mosias. 28: 11

Portanto tomou ele os registros que estavam gravados nas placas de latão e também as placas de Néfi e todas as coisas que guardara e preservara de acordo com os mandamentos de Deus, depois de haver traduzido e ordenado que fossem escritos os registros contidos nas placas de ouro encontradas pelo povo de Lími, as quais lhes haviam sido entregues pelas mãos de Lími;”

Temos também o depoimento de Joseph, que inicialmente disse:

Disse-me que havia um livro escondido, escrito em placas de ouro, que continha um relato dos antigos habitantes deste continente...” (JS-H 1: 34, 64).
Porém, o próprio Joseph escreveu mais tarde a John Wentworth que as placas tinha a aparência de ouro:

"Esses registros estavam gravados em placas que tinham a aparência de ouro” (História da Igreja, vol. 4, p. 537).

Levando-se em contra que realmente estas placas existiram, se fossem de ouro, seu peso seria realmente extraordinário.

Porém, apologistas mórmons afirmam que as placas não eram de ouro puro. Caso não fossem de ouro, mas de uma liga metálica de ouro e cobre, por exemplo, o peso total seria, de fato, bem menor.

Algumas das testemunhas e pessoas próximas a Joseph deram as suas estimativas quanto ao peso das placas, levantando o recipiente (sempre fechado, obviamente) que as continha ou apenas as supostas placas enroladas em tecidos.

Aqui estão todas as declarações encontradas de pessoas que levantaram o recipiente que supostamente continha as placas:

William Smith, irmão de Joseph Smith

William Smith, um irmão de Joseph que ergueu as placas envoltas em um tecido, afirmou em várias ocasiões que o conjunto de placas pesava cerca de sessenta libras = 27 kg. (Robert F. Smith, The 'Golden' Plates , pp 276 Reexploring the Book of Mormon , ed., John W. Welch ( Salt Lake City: Deseret Book and FARMS, 1992). http://www.mormonfortress.com/gweight.html

"Eu não as vi descobertas, mas eu as manipulei e as ergui enquanto envolvidas em um tecido e julguei que elas pesavam cerca de sessenta libras ... o pai e meu irmão Samuel viram como eu o fiz, envoltas no tecido. Assim fizeram também Hyrum e outros da família. " (Zion's Ensign , p. 6, January 13, 1894). (Zion's Ensign, p. 6, 13 de janeiro de 1894).

"Foi permitido que eu as levantasse .... Elas pesavam cerca de 27 quilos de acordo com o meu melhor julgamento. " William Smith, William Smith on Mormonism (Lamoni, Iowa: Herald Steam, 1883), 12.

"Eu ... julguei que elas pesavam cerca de 27 kg." William Smith interview with EC Briggs. Originally written by JW Peterson for Zions Ensign ( Independence, Mo.); reprinted in Deseret Evening News , 20 January 1894, 11.

"Elas eram muito mais pesadas do que uma pedra, e muito mais pesadas do que madeira .... O mais perto que eu poderia dizer, cerca de 30 kg." William Smith interview, The Saints' Herald , 4 October 1884, 644.

Martin Harris

"Pesando entre vinte a trinta quilos."Martin Harris interview, Iowa State Register , August 1870, as quoted in Milton V. Backman Jr., Eyewitness Accounts of the Restoration (Salt Lake City: Deseret Book, 1986), 226.

"Eu ergui as placas, e eu sabia pelo peso que eram de chumbo ou de ouro." "Interview with Martin Harris," Tiffany's Monthly , May 1859, 169.

"Minha filha disse que elas pesavam tanto quanto ela poderia levantar. Estavam agora na caixa de vidro, e minha esposa disse que elas eram muito pesadas. Ambas levantaram-nas." Martin Harris (Ibid., 168).

irmã de Joseph, Catherine

A irmã de Joseph, Catherine, enquanto estava espanando o quarto onde ele estava traduzindo,

"ergueu as placas [que estavam cobertas com um pano] e as achou muito pesadas." –HS Salisbury, paraphrasing Catherine Smith Salisbury IB Bell interview with HS Salisbury (grandson of Catherine Smith Salisbury), Historical Department Archives, the Church of Jesus Christ of Latter-day Saints

Willard Chase

Willard Chase também teria dito que as placas pesavam entre 20 e 30 quilos. Robert F. Smith , "The 'Golden' Plates," Reexploring the Book of Mormon , ed., John W. Welch (Salt Lake City: Deseret Book and FARMS, 1992).


CONCLUSÃO:

Usando apenas as declarações das testemunhas, as placas deveriam pesar cerca de 30 quilos.


A habilidade de correr de Joseph

Do Manual da Escola Dominical de 2007:

Os Smiths estavam morando em West Lebanon, New Hampshire, quando uma epidemia mortal de febre tifóide atingiu muitas pessoas na comunidade, incluindo todas as crianças da família Smith.

Enquanto as outras crianças se recuperaram sem complicações, Joseph, que tinha cerca de sete anos, desenvolveu uma grave infecção na perna esquerda.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-fkkknaBBGhKdYIrhtLipMz051XvGAzx74Uxt-YBXL6myclMw2AzWnSd91jMNuMCEVQs4OJb5hJp2n2qCGr4lbEQt5DjFATQhF18LC075Mwz7srHFN0B5plBvexd34T5XbZeMXAZiTCk/s1600/JS+bengala.jpg

O Dr. Nathan Smith, da Dartmouth Medical School, das proximidades de Hanover, New Hampshire, concordou em realizar um novo procedimento cirúrgico para tentar salvar a perna do menino. (...)

Lascas de parte do osso de sua perna foram retiradas, e a cirurgia foi bem sucedida. Entretanto, Joseph andou durante os vários anos seguintes com muletas, e apresentou sinais de um ligeiro coxear pelo resto de sua vida.” (“The Life and Ministry of Joseph Smith," Teachings of Presidents of the Church: Joseph Smith , (2007), p xxii )


Comentário: Isso explica porque em muitas pinturas de Joseph, ele é mostrado com uma bengala, Uma das bengalas de Joseph está em exposição no Museu da Comunidade de Cristo no Templo de Independence.


Joseph salva as placas de três assaltantes

Quando as pessoas da cidade onde Joseph vivia descobriram que ele possuía placas de ouro, elas supostamente teriam tentado roubá-las de Joseph, pois placas de ouro eram, evidentemente, muito valiosas. O relato a seguir é, por vezes, ensinado na igreja:

"Depois de retirar as placas da caixa de pedra (do monte Cumora), Joseph escondeu–as em um tronco de bétula, até que os preparativos pudessem ser feitos em sua casa para abrigar placas. Só então ele foi resgatá-las.

"As placas estavam escondidas cerca de cinco quilômetros da casa ... Joseph, ao ir até as placas, retirou-as de seu lugar secreto, e envolveu-as em sua túnica de linho, colocou-as debaixo do braço e partiu para casa."

"Depois de caminhar uma curta distância, ele pensou que seria mais seguro deixar a estrada e ir pelo bosque.

"Após certa distância da estrada, ele chegou a uma grande plantação, e quando ele estava pulando sobre um tronco, um homem surgiu atrás dele e lhe deu um duro golpe com uma arma. Joseph virou-se e o derrubou, depois correu o mais rápido que pôde.

"Cerca de um quilômetro à frente, ele foi atacado novamente da mesma maneira como antes, e bateu neste homem da mesma maneira que fez com o primeiro, e correu de novo. Antes que ele chegasse em casa, foi assaltado pela terceira vez. No último golpe, ele deslocou o polegar, o que, porém, não percebeu até que avistou sua casa, quando ele se jogou no canto da cerca, a fim de recuperar o fôlego.

"Assim que ele conseguiu, levantou-se e entrou na casa"(Lucy Mack Smith, mother of Joseph Smith, in Biographical Sketches of Joseph Smith the Prophet, 1853, pp. 104-105; Comp. reprinted edition by Bookcraft Publishers in 1956 under the title History of Joseph Smith by His Mother, pp. 107- 108)

Willard Chase contou uma história semelhante, mas, basicamente, com alguns detalhes diferentes:

Chase lembrou a história que Smith disse à ele, que é semelhante ao da contada pela mãe de Smith e por seu amigo Joseph Knight

"Que no dia 22 de setembro, ele se levantou de madrugada, e pegou uma charrete e um cavalo, de alguém que tinha passado a noite em sua casa, sem autorização ou licença e, juntamente com sua esposa, dirigiu-se ao morro que continha o livro.

"Ele deixou a esposa na charrete, perto da estrada, e foi sozinho para o monte, a uma distância de 10 ou 12 metros da estrada. Ele disse que pegou o livro do chão e escondeu-o no topo de uma árvore, e voltou para casa.

"Ele então foi para a cidade da Macedon para trabalhar.

"Após cerca de dez dias, tendo sido sugerido que alguém havia pegado seu livro, sua mulher foi atrás dele. Ele alugou um cavalo e foi para casa à tarde, tranquilo o suficiente para beber uma xícara de chá, e então foi pegar seu livro. Encontrou-o seguro, tirou sua túnica, envolveu-o ecolocou-o debaixo do braço, e correr todo o caminho, uma distância de cerca de quatro quilômetros.

"Ele disse que o livro parecia pesar 30 quilos, mas certamente tinha 20 kg.

"Em seu retorno para casa, ele disse que foi atacado por dois homens na mata, nocauteou os dois e fugiu, chegando são e salvo com o seu tesouro.

"Em seguida, ele observou que, se não fosse por essa pedra (que ele reconheceu que pertencia a mim), ele não teria obtido o livro"

O problema

Se nós acreditarmos na história da mãe de Joseph, então surgem alguns problemas óbvios.

Como pode alguém, principalmente um homem que tinha um leve coxear, correr com um peso de 30 kg e evitar ser capturado por três assaltantes? A corrida através da floresta foi de cerca de 4 km, como Joseph indicou acima.

É inconcebível que alguém pudesse correr carregando um conjunto de placas de metal de 30 kg, saltar sobre troncos e ser capaz de superar três homens por cerca de 2 a 3 km, que estavam empenhados em tomar as placas de Joseph. E tudo isso feito por um jovem que, por ter um ligeiro coxear, teria dificuldades em correr a alta velocidade durante uma longa distância, especialmente carregando um peso de 30 kg.

Ouvimos que um treinador de futebol fez a experiência, para provar que tal poderia ser feito. Porém ele só usou um peso de 10 kg e foi apenas relativamente bem sucedido por uma distância limitada.

Existe uma grande diferença entre um peso de 10kg e 30 kg. Podemos garantir que se você tomar um homem normal, saudável, ainda mais forte do que a média dos jovens, como Joseph supostamente era (e ainda com as pernas saudáveis, onde não haja nenhum coxear) e pedir que ele corra com pesos de 30 kg, mesmo que apenas por 1,5 km, praticamente todos os três homens que o perseguiam poderiam alcançá-lo rapidamente.

Recentemente, vários alunos tentaram esta experiência com uma pesos de 30 kg. E foi muito fácil alcançar a pessoa que estava carregando o peso. Eles colocaram a sua experiência no youtube.

Veja o vídeo AQUI.


Joseph não reivindicou que uma força sobre-humana divina fora lhe dada na ocasião, nem qualquer ajuda angelical. Assim, como isso poderia ter acontecido? Se aceitarmos essa história, ensinada na igreja como fato, parece óbvio para todos, exceto para os mórmons, que há algo errado com esta história. 

Embora esta história não seja tão significativa para a Igreja, há um velho ditado "se não posso acreditar em alguém nas pequenas coisas, como poderei acreditar nas grandes coisas? "


Nossos comentários: Como tantas outras histórias, para promover a fé, ensinadas dentro da igreja, não temos a história escrita pessoalmente por Joseph.

Porém, tantas testemunhas independentes relataram ter ouvido esta história, que não há dúvidas de que Joseph realmente disse ter sido atacado enquanto estava levando as placas para sua casa.

A melhor fonte é Early Mormon Documents (EMD) por Vogel.

EMD vol 1 inclui as histórias de Orson Pratt (p. 158), Lucy Mack Smith (pp. 335-36), e Smith Katharine (pp. 524-26).
EMD vol 2 inclui as histórias de Willard Chase (p. 71), Saunders Benjamin (pp. 137-38), e Martin Harris (pp. 306-7).

Como essas pessoas contavam histórias similares de forma independente, a fonte parece ser claramente o próprio Joseph. Uma vez que Joseph estava sozinho na floresta (exceto os alegados perseguidores), de que outra forma a história poderia ter se originado, se não do próprio Joseph?

Alguns dos detalhes variam nas histórias, mas podemos determinar o seguinte:

- Joseph foi atacado por dois ou três homens.

- Joseph caminhou certa distância através do bosque, levando as placas de ouro que pesavam cerca de 30 quilos

- Joseph chegou em segurança para casa com as placas.

Porém, não sabemos os detalhes do que exatamente aconteceu nos ataques, quão poderosos eram seus atacantes, quanto tempo ele levou para chegar até sua casa e quanto ele correu sem parar carregando as pesadas placas.

Intuitivamente, ao ouvir o relato descrito pela mãe de Joseph, tentamos recriar a cena em nossa mente: imagine um menino carregando um peso de 30 quilos, um homem aparecendo repentinamente, atacando-o para roubar as placas, e esse menino sendo capaz de derrubá-lo! Será que o homem simplesmente desistiria e iria embora?

E então o segundo homem ataca o menino mas desiste. E então, talvez, um terceiro homem também ataca Joseph e simplesmente vai embora!

Alguns de nós temos dificuldade em imaginar que um menino não ficaria completamente exausto correndo pela floresta com tal peso, lutando contra os ladrões e, de alguma forma, ainda impedir que as placas fossem tomadas por repetidos ataques, especialmente depois de deslocar o seu polegar no último ataque.

E sobre os ladrões: eles não iriam juntar forças para mais facilmente dominar o menino ou cada um simplesmente iria embora em silêncio, sem alertar o(s) outro (s)?

Eu me pergunto como cada um sabia onde procurar Joseph naquele bosque, ao mesmo tempo, e ainda não estarem juntos?

Eu sei que se eu fosse incapaz de roubar alguma coisa de um rapaz carregando um tesouro magnífico, eu pelo menos o seguiria para ver o que aconteceria com o tesouro.

Além de escapar, lembremos que, de acordo com Lucy, um dos homens "deu-lhe um pesado golpe com uma arma". Como poderia um tal homem com uma arma não ser capaz de roubar Joseph, que estava desarmado?

Esta história certamente causa problemas de credibilidade para a igreja, lançando dúvidas, bem como sobre outras narrativas mais fundamentais da igreja, que são essenciais para as alegações de que ela foi restaurada por Joseph Smith. 



Referências


sábado, 23 de outubro de 2010

A Ilusão da Certeza



O mormonismo, assim como várias outras seitas, concede ao membro uma reconfortante ilusão de certeza. O membro passa a ter segurança dentro do grupo e sensação de paz. O que o ajuda a viver neste mundo de dores e dúvidas.

Na Igreja SUD, a certeza, e não a fé, é requerida. Seria muito constrangedor para alguém subir ao púlpito e declarar coisas como: “Eu acredito em Cristo” ou “eu tenho fé que esta é a igreja de Deus na Terra”. Ter fé não é o bastante, o “saber” e o “conhecer” são essenciais dentro do mormonismo.

Talvez ao declararem todos os meses nas reuniões de testemunho que sabem que a igreja é “verdadeira”, que sabem que Jesus é o Cristo, que sabem que Joseph foi um profeta, os membros da Igreja SUD não percebam que estão apenas propagando uma ilusão.

Quando foi que Cristo disse que precisávamos “saber” ou ter “certeza” que ele era o Messias? Jesus sempre ensinou o princípio da fé, ele queria que crêssemos nele.

Os membros SUD podem não perceber, mas, quando afirmam que sabem de algo, estão destruindo o princípio da fé, declarando que não mais a possuem.

Fé é crer sem saber, acreditar sem ter certeza. Isso é o que faz da fé um princípio louvável. Não preciso ter “certeza” que Cristo morreu e ressuscitou, apenas fé. A fé nasce através da dúvida.


Que galardão alguém teria por seguir a Cristo porque o “conhece” ou poque tem “certeza” de sua existência? É muito fácil seguir alguém pela “certeza”, difícil é cultivar a fé.

Cristo uma vez disse que os bem-aventurados são os que creem ser ver. Ele estava ensinando o princípio da fé. Não preciso presenciar um milagre para crer nele, preciso ter fé.

Saber e acreditar são coisas bem diferentes e, mesmo assim, milhares de membros SUD afirmam saber que Joseph foi um profeta de Deus e que sua igreja é a única correta. Usando desses artifícios a igreja consegue adeptos que estão dispostos a tudo, pois eles tem “certeza”.

É da natureza humana buscar a certeza, mas, o ser humano está fadado à duvida. Não podemos ter certeza sobre nada. Não sabemos nem se viveremos até amanhã. Como podemos então ousar dizer que sabemos ser algo verdadeiro? Como podemos ter a audácia de declarar conhecimento sobre coisas incertas?

A tendência da “certeza” já causou sérios problemas ao mundo. Quanto mais certeza uma pessoa possui de que suas ideias são “verdadeiras”, mais radical e menos tolerante ela tende a se tornar.

O espírito da liberdade e tolerância nada mais é do que o respeito genuíno pelos valores e opiniões dos outros. Mas como um SUD pode ter esse tipo de respeito quando creem que eles estão errados, e que somente os seus valores e padrões estão corretos?

A ilusão de que somente o mormonismo é verdadeiro e que somente ele poderá garantir sua entrada no céu é um mecanismo de controle que dá poderes ilimitados aos que se apresentam como “líderes”, que ainda tomam para si a glória de terem sido “eleitos” ou “chamados” por Deus.

Os crentes e os convictos, mais do que os que tem dúvidas, tem causado os maiores problemas no mundo. Quanto mais certeza uma pessoa tem, mais suscetível ela fica a ser manipulada e apresentar um comportamento radical.

No mundo da “certeza”, a organização deve sobreviver e crescer a qualquer custo. A causa no qual o indivíduo está engajado se torna digna de sua vida, ou da vida outros.

Tomemos como exemplo o atentado ao World Trade Center. Será que aqueles homens-bomba pilotavam com dúvidas? O pensamento deles estava ancorado na certeza. Ele estava fixo nas virgens e na glória que receberiam de Alá quando chegassem ao paraíso. Por causa disso eles morreram convictos, levando consigo centenas de pessoas inocentes, vítimas da certeza que eles possuíam.

Apesar de as pessoas possuidoras de certezas terem causado os maiores problemas no mundo, os que duvidam e questionam, ironicamente, sempre sofreram com o sentimento de culpa.

Imaginemos como se sentiram os católicos que não criam que os hereges merecessem morrer queimados na Idade Média, ou que não acreditassem no valor das Crusadas contra os muçulmanos.
Ou como se sentiram os jovens japoneses que não acreditavam no fascismo e negaram a tornarem-se pilotos kamikase. Ou talvez como se sentiram alguns alemães que não conseguiam crer em Hitler e sua propaganda nazista. Provavelmente todos eles tiveram medo e vergonha de demonstrar seus pensamentos.

E, ao contrário deles, seus irmãos e compatriotas que criam nessas coisas e “sabiam” que estavam certos pensavam que contribuíam para uma grande causa, não sentindo culpa nem remorso.


Jesus disse a seus seguidores para viverem pela fé. Fé não é certeza, ela inclui o elemento da dúvida. Mas os fariseus não precisavam de fé, eles tinham certeza. Eles tinham certeza que estavam agradando a Deus quando incitaram a multidão para matar Cristo. Ou será que eles correriam o risco de matar o filho de Deus caso tivessem alguma dúvida? Jesus foi morto pela certeza e suas consequências naturais: orgulho, intolerância e radicalismo.


E mesmo com tudo isso, ainda ouvimos mórmons declarando que sabem sem sombra de dúvida sobre x, y e z. Escutamos testemunhos nas capelas, ou mesmo na internet, de pequenos deuses arrogantes travestidos de cristãos. Pensam que a sua “certeza” pode convencer os outros, ou que suas convicções são a verdade absoluta.

Fé e conhecimento não são nada parecidos, como alguns podem achar. Ou uma pessoa sabe de uma coisa, ou ela exerce fé. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Família Mórmon - Um Instrumento de Dominação



Dentro do mormonismo, a família é extremamente valorizada, a igreja se esforça muito para manter os laços familiares, e, dentro do possível, fortalecê-los.  

Mesmo que pareça louvável, essa política familiar mórmon contribui para o aumento do poder da igreja sobre os indivíduos.

Igreja e família muitas vezes se confundem, a igreja não pode existir sem as famílias, e, geralmente a família também não pode viver sem a igreja. Ambas estão conectadas em uma rede social elaborada e complexa. Assim, a religião, que deveria ser, acima de tudo, uma questão individual, se torna em grande medida uma questão de família.

Desde pequenos os membros da Igreja SUD compartilham a crença de que suas famílias podem ficar unidas para sempre, que podem viver juntos para toda a eternidade. Isso cria um forte elo entre a igreja e a família.

As ordenanças no templo também visam a família: batismo pelos mortos, investiduras e selamentos reforçam a ideia de que a igreja e a família tem o mesmo propósito. Pais também são encorajados a “guiar” seus filhos no “evangelho verdadeiro”.

Por causa disso, a igreja influencia a família, que exerce sua influência sobre seus membros. Essa forma de dominação pode ser muitas vezes imperceptível, até chegar o momento de ser posta em prática.

Muitos mórmons que perdem sua fé na igreja ainda permanecem ligados a ela por causa de sua família. Deixar a igreja pode significar o fim dos laços familiares que foram construídos durante toda a sua vida.

Grande parte da identidade, da percepção de realidade e expectativas estão ligadas a família, que por sua vez está fortemente ancorada na igreja.

Um homem forte pode enfrentar qualquer inimigo, até mesmo a morte. Mas ele jamais suportará ver sua mãe, seus avós e outros familiares queridos chorando por ele. Uma mãe falando com lagrimas em seus olhos coisas como: “filho, pague seu dízimo, vá a igreja, não deixe de ir ao templo, nossa família precisa permanecer unida no céu” tem um poder quase que sobre-humano sobre qualquer pessoa. A família se torna, indiretamente, uma arma nas mãos da igreja.

Talvez seja isto que Cristo queria dizer quando afirmou que veio para dividir as famílias, talvez a verdade divida as pessoas. É muito difícil transpor as barreiras do etnocentrismo criadas pela igreja em conjunto com a família.

A liberdade religiosa que a constituição de nosso país garante pode se tornar uma utopia nessa situação. As chantagens emocionais que os mórmons sofrem tolhem de maneira significativa a liberdade de escolha quanto à religião.

O medo de ficar sozinho, de perder seu lugar no céu, de ser rejeitado pelos amigos e familiares e ser incompreendido faz parte da realidade daqueles que perdem sua fé. Opiniões divergentes não são bem-vindas dentro de um contexto no qual toda a família foi ensinada a pensar da mesma maneira, buscar exatamente os mesmos objetivos e seguir os mesmos líderes e livros sagrados.

Somos fortemente moldados pelas nossas relações, interagimos com o mundo principalmente através de nossa família e amigos. A igreja sabe muito bem disso. Por que será que é aconselhado aos membros buscarem amizades dentro da igreja? Por que será que desde crianças somos ensinados a ter um padrão de comportamento dentro da igreja?

Se uma criança for doutrinada corretamente, se torna quase impossível o rompimento com sua fé. Acrescente a isso amigos e familiares que compartilham as mesmas crenças e haverá uma grande extinção de individualidade e dos pensamentos próprios em favor da crença do grupo.

Pensando assim podemos inferir que por melhores que sejam as intenções dos pais e professores, eles estão indiretamente contribuindo para uma forma de abuso infantil, que irá se refletir durante toda a vida do indivíduo. O que aprendemos na infância é geralmente o que levaremos para a vida adulta.

É improvável que algum dia uma pessoa doutrinada no mormonismo chegue a questionar o que ela aprendeu na infância, pois ela viu seus pais, avós e professores testemunhando sobre a verdade do Livro de Mórmon e sobre Joseph Smith. Que motivos ela teria para achar que as pessoas que ela mais ama estariam mentindo?

A mente de um mórmon “nascido” na igreja é totalmente diferente da de um converso. Para uma pessoa que viveu sua infância e adolescência no mormonismo é quase impossível o desligamento da igreja. A razão para isso é simples: para ela não há identidade fora do mormonismo, não existe vida fora de suas verdades e convicções.

Um converso talvez saiba como ele era antes de entrar no mormonismo, mas e a pessoa que “nasceu” na igreja? Um dos piores sentimentos é o de descobrir que talvez você não seja você mesmo, que sua visão de mundo tenha sido determinada pelo mormonismo. Um mórmon criado dentro da igreja não possui identidade fora do mormonismo ou fora de sua família.

Claro que existem vários motivos para a igreja ensinar e se preocupar tanto com a família, muitos deles inclusive nobres, mas o dano que a doutrinação imposta pela família pode causar nos indivíduos é enorme.

Talvez nosso amor pela verdade e pelo livre-pensar não sejam maiores do que o amor pela família. Muitos membros se negam a enxergar a verdade por causa da influencia familiar. Não há uma solução para o problema da família e da igreja. As famílias são, infelizmente, um grande instrumento de dominação dentro do mormonismo.